terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sindrome de Riley Day


ALUNOS: Gabriela da Silva Pereira, Karine Gama, Paloma Antoniolli, Quelen Cristiane Lemes de Lemes, Tamires Pola. 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         
Síndrome de Riley- Day

    Conceito:
   É uma doença hereditária rara que afeta o sistema nervoso autônomo, prejudicando o funcionamento dos neurônios sensorias. Está síndrome causa insensibilidade nos indivíduos , que não sentem dor, nem temperatura de estímulos externos, mas sentem pressão.
   Os portadores dessa doença tendem a morrer jovens com no máximo 30 anos, por causa de ferimentos que se agravam por não serem identificados no tempo correto.
   A preservação do organismo tem na dor seu mais eficaz mecanismo de preservação do ponto de vista neurofisiológico, pois geram respostas de evitação mais permanente. Ela é para o cérebro, a informação mais "clara" de que o organismo deve está sendo lesado, gerando um comportamento de evitação da dor.
   Existem indivíduos com ausência de sensibilidade á dor, que pode ser genética ou adquirida.
   A prevalência desta síndrome é estimada como sendo muito baixa ( menos de 60 casos notificados).

    Sintomas:
   Os sintomas estão presente desde o nascimento, os principais são: insensibilidade a dor, crescimento lento, incapacidade de produzir lágrimas, dificuldade para se alimentar, episódios prolongados de vômitos, convulsões, transtornos de sono, deficiência no paladar, escoliose e hipertensão.

     Diagnóstico:
   O diagnóstico é feito através de exames físicos, que demostram a falta de reflexos do paciente, falta de respostas ao receber uma injeção de histamina (inchaço e vermelhidão), e a insensibilidade a qualquer estímulo, como calor, frio, dor e pressão.

    Tratamento:
   O tratamento é direcionado para os sintomas á medida que eles aparecem. São utilizados anti-convulsivos, colírios para empedir o ressecamento dos olhos, antiméticos para controlar os vômitos e observação intensa sobre essas crianças para protegê-las de lesões que podem se complicar e levar a morte.

    Estrutura morfolólica afetada:
   A Síndrome de Riley-Day, é uma desordem do Sistema Nervoso Autônomo, que afeta a sobrevivência dos neurônios sensoriais, simpáticos e parassimpáticos no Sistema Nervoso Autônomo Sensorial.
   Sistema Nervoso Autônomo - É a parte que está relacionada ao controle da vida vegetativa. Também é o principal responsável pelo controle automático do corpo,frente à modificações do ambiente.
   Apesar de se chamar Sistema Nervoso Autônomo, ele não é independente do restante do Sistema Nervoso. Ele é interligado com o Hipotálamo.
   Sistema Nervoso Simpático - Faz parte do Sistema Nervoso Autônomo. Algumas de suas ações é: aceleração de batimentos cardíacos, constringir vasos sanguíneos, aumento da pressão sanguínea, entre outras funções.
    As mensagens que chegam ao Sistema, transmitem sensações como: calor, frio e dor.
   Sistema Nervoso Parassimpático - Também faz parte do Sistema Nervoso Autônomo. Suas estimulações são opostas do Sistema Nervoso Simpático, como: desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, entre outros. 

    Atuação do Psicólogo:
   Como é uma doença rara e exitem poucos casos no Brasil, o psicólogo trabalha a auto estima, o lado afetivo, emocional, e comportamental aprender a lidar com o perigo. 

                          http://www.youtube.com/watch?v=RXdwBvn1nyA

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Distrofia Muscular

          Acadêmicas:  Luana Silvani
                                  Valeska Pegoraro

Conceito.
O termo distrofia muscular refere-se a um grupo de mais de 30 doenças genéticas que causam fraqueza progressiva e degeneração dos músculos esqueléticos usados durante o movimento voluntário. Essas doenças variam em idade do aparecimento, gravidade e padrões dos músculos afetados, sendo mais comum se manifestar em meninos. Todas as formas de distrofia muscular ficam piores à medida que os músculos degeneram progressivamente e enfraquecem. A maioria dos pacientes acaba perdendo a capacidade de caminhar.
Alguns tipos de distrofia muscular também afetam o coração, sistema gastrintestinal, glândulas endócrinas, espinha, olhos, cérebro e outros órgãos. Doenças respiratórias e cardíacas são comuns, e alguns pacientes podem desenvolver problemas para engolir.

Causas da distrofia muscular

Todos os tipos de distrofia muscular são herdados e envolvem a mutação de um dos milhares de genes que programa as proteínas, as quais são críticas para a integridade muscular. As células do organismo não funcionam apropriadamente quando as proteínas são afetadas ou produzidas em quantidades insuficientes.

Desenvolvimento da doença

Os meninos afetados são normais até 1 ou 2 anos de vida, mas desenvolvem fraqueza muscular por volta dos 3 e 5 anos, quando começam a Ter dificuldades para subir escadas, correr, levantar do chão, quedas freqüentes e aumento característico do volume das panturrilhas.
O comprometimento muscular é simétrico e inicia-se pelos membros inferiores e quadris, e, mais tarde, atinge os membros superiores. Ocorre uma acentuação da lordose lombar e uma marcha anserina (andar de pato). Contraturas e retrações dos tendões levam alguns pacientes a andar na ponta dos pés.
A pseudo hipertrofia das panturrilhas, o resultado de infiltração do músculo por gordura e tecido conjuntivo são vistos geralmente desde cedo. Alterações da coluna e dos tendões são conseqüência das alterações musculares das pernas. Com o progredir da doença ocorre comprometimento dos músculos dos membros superiores. Há ainda amiotrofias predominantemente na cintura pélvica e escapular. Há progressão lenta com retrações tendíneas e perda da ambulação entre 8 e 12 anos.
A fraqueza excessiva evolui para incapacidade de andar, em geral no início da adolescência, embora a situação possa mudar graças à avanços da pesquisa voltada para o tratamento dos meninos afetados.
È improvável que o indivíduo com Distrofia Muscular sobreviva aos 20 anos de idade e a sobrevida além dos 25 é incomum. A morte se dá por insuficiência respiratória, broncopneumonia ou, como o miocárdio também é afetado, de insuficiência cardíaca. O cérebro é outro órgão afetado, em média ocorre uma redução de QI de cerca de 20 pontos.

Distrofia Muscular de Duchenne

A Distrofia Muscular de Duchenne é a mais comum das distrofias, com uma incidência de 1 para cada 3.500 nascimentos masculinos. O tipo Duchenne afeta essencialmente o sexo masculino. Também é a forma mais severa de distrofia muscular, até a idade adulta o paciente estará profundamente debilitado tanto fisicamente devido à fraqueza estabelecida pela fragilidade óssea, quanto psicologicamente, já que ocorre um aparente desânimo devido ao próprio estado de saúde.
O homem com esta doença não tem como se reproduzir e esta é a razão principal de as mulheres não apresentarem a Distrofia Muscular de Duchenne. A transmissão se faz por traço recessivo ligado ao sexo e a taxa de mutação é alta. Geralmente, o quadro só é notado quando a criança começa a andar. As primeiras características são o aumento do volume das panturrilhas, decorrente do grande esforço que os gastrocnêmios são submetidos para compensar o déficit dos músculos ântero laterais das pernas, para auxiliar o equilíbrio na marcha que estes pacientes apresentam.

Intervenção da Terapia Ocupacional na Distrofia Muscular

A importância da atuação do Terapeuta Ocupacional consiste em favorecer o papel ocupacional do indivíduo, prevenindo a inatividade funcional com tendência de um agravamento progressivo, principalmente das funções locomotoras; gerando complicações emocionais, isolamento social; déficit cognitivo; desajuste familiar e outras. A utilização dos recursos terapêuticos depende  de cada caso específico, porém de maneira geral é indicado: cinesioatividade, órteses e adaptações e recreação terapêutica.

CINESIOATIVIDADE   

Objetivo Geral: Preservar a função motora, a capacidade respiratória, manter a amplitude articular, prevenindo contraturas e deformidades.  
Exemplos: atividades com bolas, jogo de botão, bambolê, dominó, xadrez, baralho, soprar o barquinho e a língua de sogra, etc.
Atividades para adequar a função motora às AVD`s (atividade da vida diária) e garantir autonomia do indivíduo: treino de higiene pessoal, vestuário e alimentação.  

ÓRTESES E ADAPTAÇÕES 

Objetivo Geral: Prevenir contraturas e deformidades, melhorar a mobilidade e função, proporcionando ao paciente uma vida menos dependente, favorecer o treino em AVD e a realização de atividades manuais criativas.
 Na figura 1 e 2, o suporte para o braço estimula o indivíduo a alcançar o nível máximo de independência nas atividades manuais visto que na DMD ocorre comprometimento dos músculos da cintura escapular e preservação dos músculos distais.

                                              

Figura 1 - Órtese balanceada para o antebraço, suporte móvel que permite várias atividades funcionais.
Fonte: North Coast Medical: Adl & Rehabilitation Catalog, 1998

                            
Figura 2 – Levitar – LV3 pode ser usado com 1 ou 2 suporte –marca expansão 



Devem ser indicado órteses de posicionamento para prevenir contraturas e deformidades (fig. 3 e 4) e acessórios para posicionamento postural
                                                     
                                                                                              
Figura 3- OM-26 goteira para controle de deformidades dos MMII, previne o pé equino-varo e a contratura em flexão do joelho. FONTE: catálogo da AACD.

 Figura 4- OM-62 órtese articulada para tornozelo, previne o pé equino-varo, permite a dorso-flexão do tornozelo, bloqueando a flexão plantar. FONTE: catálogo da AACD.

 Figura 5- Almofada para corrigir o afundamento do assento da cadeira. FONTE: NORTH COAST MEDICAL: ADL & Rehabilitation catalog, 1998.

 RECREAÇÃO TERAPÊUTICA

 Objetivo Geral: Promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança portadora de DMD.
   O  terapeuta pode fazer uso de pintura, desenho, colagens, produções artísticas (massa modelar, origami, etc.), confraternizações e passeios como: visitas a museus, bosques e parques. Pode ainda realizar coletivamente peças teatrais e de fantoches. Estas atividades além estimular o movimento ativo livre moderado, trabalharão o estado emocional e a criatividade, promovendo a socialização, já que estes tendem a isolar-se.

 VISITA DOMICILIAR E PARTICIPAÇÃO FAMILIAR:

É de grande relevância que o terapeuta visite periodicamente o paciente, conhecendo, assim seu contexto familiar  e prestando orientações para que seja retirado barreiras arquitetônicas, permitindo assim o livre acesso do cadeirante a todos os cômodos da casa e a  objetos de seu uso pessoal. No tratamento da DMD verifica-se ainda a necessidade da participação familiar que atuará como co-terapeuta, devendo ser orientada e treinada, compreendendo o quadro evolutivo da doença e auxiliando no uso de adaptações necessárias ao indivíduo.

Bibliografia


Junqueira e Carneiro, Biologia Celular e Molecular – Ed. Guanabara koogan.


OSTEOPOROSE



                                                                   Acadêmicas: Deise Chiele e Láisa Boff
          A osteoporose pode ser prevenida com providências que devem ser tomadas desde cedo. Fraturas, costas encurvadas e perda de peso, muitas vezes são consideradas sintomas normais decorrentes do processo de envelhecimento, mas são os principais sintomas dessa doença.



          O QUE É OSTEOPOROSE?






          Osteoporose significa porosidade ou adelgaçamento (redução de quantidade de massa óssea) dos ossos. A perda de ossatura com o envelhecimento é um fenômeno universal, mas se torna uma doença quando a massa óssea diminui a tal ponto que possam ocorrer fraturas. Estas fraturas causadas pela fragilidade óssea são a marca registrada da osteoporose, sendo mais freqüentes no pulso, coluna e quadril.
          Embora mais freqüente em mulheres idosas, a osteoporose pode também afetar os homens e ocorrer em qualquer idade a partir da infância. Aos 80 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens têm a possibilidade de fraturar o quadril e a coluna. No Brasil, há cerca de 100 mil fraturas por ano motivadas pela osteoporose.

          COMO A OSTEOPOROSE SE DESENVOLVE

          O osso é uma estrutura viva, formada por proteínas (colágeno) e minerais (contém cálcio), sendo constantemente destruída e reposta. A osteoporose ocorre, geralmente, como resultado do processo normal de envelhecimento, quando aumentam o grau de destruição e diminui a formação, tornando-os quebradiços.
          Durante a infância e adolescência, os ossos não só crescem como se solidificam. Por volta dos 25 anos, a quantidade de osso no esqueleto atinge seu pico. Em torno dos 40 anos a quantidade de osso no esqueleto diminui nos homens e para as mulheres essa perda continua ao longo da vida. O pico da massa óssea é muito importante para determinar o risco ou não de uma pessoa vir a ter osteoporose na velhice. Com uma massa óssea baixa, até pequenas perdas ósseas podem redundar em fraturas. Por outro lado, uma pessoa com massa óssea alta está protegida contra a osteoporose.
          Ainda não se compreende muito bem quais os fatores que determinam a massa óssea, mas há uma grande influência genética, sendo ainda considerados importantes a ingestão de cálcio e o exercício físico. Além disso, os hormônios sexuais também influenciam o pico da massa óssea.
          O risco de uma pessoa desenvolver osteoporose varia de acordo com a quantidade de osso que ela tem quando jovem e da rapidez com que ela perde osso na velhice.


          QUEM DESENVOLVE A OSTEOPOROSE



          Qualquer pessoa pode desenvolver a osteoporose, mas o risco maior é para mulheres idosas, origem asiática ou européia da raça branca.
          Algumas doenças e tratamentos acarretam um maior risco de osteoporose, incluindo-se menopausa precoce, ausência de menstruação, história pregressa de fratura, tratamentos com esteróide e algumas outras condições como doenças da tireóide e câncer.
          Além disso, o estilo de vida que as pessoas tem alimentação, por exemplo, influenciam na saúde dos ossos. Quedas e saúde debilitada são fatores que aumentam as possibilidades de fraturas em pessoas idosas.

          SINAIS E SINTOMAS



          A dor tem intensidade diferente na osteoporose, algumas pessoas sofrem de intensa dor crônica, outras um desconforto menor.
          Os sintomas da osteoporose aparecem somente no caso de uma fratura. É importante notar-se que a perda óssea em si não causa dor ou outros sintomas; dor nas costas, por exemplo, só é atribuída a uma baixa massa óssea, quando ocorre uma fratura.
          As fraturas que resultam da osteoporose ocasionam dor e invalidez; em alguns casos, os sintomas destas fraturas persistem pelo resto da vida, enquanto que outras tendem a desaparecer ou melhorar. As fraturas do pulso, coluna e quadril são mais freqüentes, embora fraturas de outras partes do esqueleto possam ocorrer como as da pelve e do úmero.
          As fraturas do pulso e quadril exigem de um tratamento hospitalar. No caso das fraturas no quadril é necessária intervenção cirúrgica. Fraturas da coluna se diferem das demais fraturas porque os ossos não sofrem rupturas, mas se caracterizam por uma modificação no formato das vértebras. Na osteoporose, a perda de osso pode resultar no esmagamento, compressão e perda da espessura das partes posterior, central ou anterior das vértebras ou a uma combinação destas. A osteoporose afeta, de modo especial, as vértebras torácicas e lombares, provavelmente por estarem sujeitas a uma carga maior de peso do que as vértebras cervicais.

          DIAGNÓSTICOS

         Como a osteoporose é uma condição previsível, é extremamente importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, avaliando o risco de fraturas.
          Há vários métodos que são utilizados para se medir a massa óssea, o mais usado é o DXA (medida de absorção do raio-X de dupla energia), que mede a massa óssea (densidade óssea) no quadril, coluna e punho ou em todo o esqueleto. Embora os raios X sejam usados na medição, a dose da radiação é muito pequena, sendo muitas vezes menos que o nível de radiação naturais diários. A medição pode ser feita e repetida em crianças e até em grávidas. Esse rastreamento do osso é usado para prever risos de fraturas numa pessoa.
          Outros modos de se medir a massa óssea é por ultra-sonografia e raio-X, normalmente usado para diagnóstico de fraturas, não sendo muito útil para detectar baixas massas ósseas.
Não existe um programa de rastreamento para a osteoporose com mulheres sadias, mas as medições de densidade óssea são feitas em pessoas com fatores de risco, pessoas tratadas com esteróides, com falta de hormônio sexual e história passada de fraturas.


          TRATAMENTO DA DOR INTENSA

         
          Em caso de fraturas graves a dor pode ser intensa, sendo necessária a prescrição de analgésicos e antiinflamatórios para aliviar a dor. Algumas medidas alternativas podem aliviar a dor (bolsa de água quente, bolsa de gelo e acupuntura).
         Outras medidas que auxiliam inclui a fisioterapia, hidroterapia e Enet (equipamento que auxilia/bloqueia a dor).

         
          TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE POR TERAPIA E REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)

          O tratamento de reposição hormonal previne a perda óssea e reduz o risco de fratura em mulheres na pós-menopausa. Essa reposição é feita na forma de dois hormônios estrógeno e progesterona com exceção das mulheres que passaram por uma histerectomia.
          Essa reposição pode ser feita oralmente com adesivo na pele ou com implante subcutâneo. Os efeitos colaterais incluem sangramento vaginal, sensibilidade na mama e retenção de líquido.
          A longo prazo, reduz os riscos do aparecimento de doenças coronarias e também a doença de Alzhaimer. Mas está associada a um maior risco de câncer de mama e trombose venoza. Após 5 a 10 anos de TRH o tratamento pode ser substituído por medicamento não hormonal.

          TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE NÃO ENVOLVENDO O TRH

          Atualmente vários tratamentos não hormonais para a osteoporose estão disponíveis incluindo-se alendronato, vitamina D e calcitonina.
          O alendronato (Fosamax) é ingerido via oral. Podem ocorrer náusea, indigestão e diarréia.
          Os suplementos de vitamina D podem reduzir o risco de fraturas no quadril em idosos. São ingeridos via oral.
          A calcitonina é administrada por injeção três vezes por semana. Se o consumo de cálcio na dieta for baixo, os suplementos de cálcio devem ser administrados.

          TRATAMENTOS DAS FORMAS MAIS RARAS

          A maior parte dos tratamentos disponíveis para osteoporose foram testados em mulheres na pós- menopausa. A osteoporose na pré-menopausa é tratado com hormônios, seja anticoncepcionais orais ou TRH. Em relação aos homens, pouco se conhece sobre o tratamento da osteoporose, embora a reposição com testosterona pode ser eficaz quando a deficiência se apresenta.

          CUIDADOS QUE AUXILIAM NA PREVENÇÃO





          Evitar quedas e acidentes domésticos
          Pratica de exercícios físicos com orientação especializada, pois atividade física de forma errada ou excessiva também pode causar fraturas
          Dieta equilibrada, rica em laticínios, peixe, vegetais verdes, legumes, frutas. Evitar o excesso de café e refrigerantes à base de cola
          Exponha-se ao sol, preferencialmente no inicio da manhã ou final da tarde, por 15 a 30 minutos
          Evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, pois eles aceleram a perda da massa óssea 
          Densitométria Óssea, a partir dos 40 anos, realizar uma vez por ano a densitometria, exame que mede a massa óssea, principalmente se tiver familiares com osteoporose.
          Se necessário usar suplementos hormonal, cálcio e vitamina D


          Diversos recursos disponíveis no lar e no trabalho podem ser de grande ajuda, fazendo com que a terapia ocupacional também ganhe destaque no tratamento da osteoporose. O ensino de técnicas para a execução de tarefas do dia-a-dia é útil para que o doente possa conviver melhor com sua rotina diária.





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

FIBROMIALGIA





Definição:
O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono.
Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumático pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos.
Trata-se de uma patologia relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor, que atinge em 90% dos casos, mulheres de 35 e 50 anos. A fibromialgia não provoca inflamação nem deformidades físicas, mas pode estar associado a outras doenças reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico. Quando o problema se espalha, envolvendo todos os quatro quadrantes do corpo (ou seja, os lados direito e esquerdo, acima e abaixo da cintura), é referido como FIBROMIALGIA.
A fibromialgia não é uma doença que afeta as articulações e não existe risco de deformidades ou perda de movimentos dos membros, conforme o Reumatologista Eduardo Paiva. “Porém, qualquer síndrome de dor crônica leva à estrema redução da qualidade de vida”.

CAUSAS:
Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição da dor.
Pesquisas atuas apontam para um desequilíbrio na regulação da dor no sistema nervoso central. Os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores da doença e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em eu aparecimento.

SINTOMAS:
Os sintomas da fibromialgia podem variar, dependendo do clima, estresse, atividade física ou até mesmo período do dia.
·         Dor generalizada;
·         Fadiga: a fibromialgia leva uma sensação de cansaço crônico, como se o corpo não tivesse completamente descansado.
·         Falta de disposição e energia;
·         Insônia ou sono não reparador;
·         Intestino irritável: Constipação, diarreia, dor abdominal e gases são comuns em pacientes com fibromialgia;
·         Sensação de inchaço nas articulações
·         Formigamento e dormência nas mãos e pés
·         Sensibilidade durante a micção;
·         Cefaléia;
·         Distúrbios emocionais.
O caráter da dor é bastante variável, podendo ser queimação, pontada, peso, “tipo cansaço” ou como uma contusão. É comum a referência de agravamento pelo frio, umidade, mudanças climáticas, tensão emocional ou por esforço físico. Uma grande parte dos pacientes apresenta dificuldades na localização precisa da dor usando expressões como: “doi o corpo todo”.



DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico da fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda não existem exames laboratoriais complementares que podem orientá-los. O diagnóstico é clínico, ou seja, realizado por um médico de acordo com a história e o exame físico do paciente detectando a presença de sensibilidade dolorosa em determinados sítios anatômicos, chamados de tender points estabelecidos pelo critério de classificação da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Faz-se importante ressaltar que estes “pontos Dolorosos” não são geralmente conhecidos pelos pacientes, e normalmente não se situam na zona central de dor por eles referida. De acordo com os critérios atuais, devem ser pesquisados os seguintes pares de pontos.
1 – Subocciptal – na inserção do músculo subocciptal;
2 – Cervical baixo – atrás do terço inferior do esternocleidomastoideo, no ligamento intertransverso C5-C6;
3 – Trapézio – ponto médio do bordo superior, numa parte firme do músculo;
4- Supra – espinhoso – acima da escápula, próximo à borda medial, na origem do músculo supra-espinhoso;
5 – segunda junção costo-condral-lateral à junção, na origem do músculo grande peitoral;
6 – Epicôndilo lateral – 2 a 5 cm de distância do epicôndilo lateral;
7 – Glúteo médio – na parte média do quadrante súpero-externo na porção anterior do músculo glúteo médio;
8 – Trocantérico – posterior à proeminência do grande trocanter;
9 – Joelho – no coxim gorduroso, pouco acima da linha média do joelho.
Utilizando-se a palpação digital pode-se obter escore de acordo com a seguinte escala:
0-     Ausência de dor;
1-      Dor leve;
2-     Exclamação verbal de dor;
3-     Movimento de retirada ou expressão facial de dor
Na escala os pontos dolorosos estabelecidos são avaliados, e o escore máximo a ser obtido é 54 resultante da multiplicação dos 18 pontos pelo numero 3, que corresponde à avaliação máxima.
Os exames complementares são usados para descartar patologias .
Um estudo mostrou que existe uma base autossômica dominante para a fibromialgia. Yunus e colaboradores relataram uma incidência de 5- 10 % de transmissão hereditária e acredita que o possível gene para a fibromialgia esteja ligado à região do antígeno leucocitário humano (HLA).

TRATAMENTO:

Ainda não existe uma cura para a fibromialgia. Porém, ela pode ser controlada, segundo o Reumatologista - chefe do ambulatório de fibromialgia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo S. Paiva. “Com o tratamento atual da fibromialgia, é possível para a maioria dos pacientes experimentar ficar sem dor ou com a dor a um nível muito baixo. Outros sintomas como fadiga, alteração do sono e depressão também podem ser tratados adequadamente” garante.
O tratamento exige cuidados multidisciplinares. No entanto, tem-se mostrado eficaz para o controle da doença. O tratamento tem como objetivo o alívio da dor, a melhora da qualidade do sono, a manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, a melhora do condicionamento físico e da fadiga e o tratamento específico de desordens associadas.  Inicialmente, educar e informar o paciente e os seus familiares, proporcionando-lhes o máximo de informações sobre a síndrome e assegurando-lhes que os sintomas são reais.

Tratamento farmacológico

·         Antidepressivos: classes especiais de medicamentos antidepressivos são efetivas no tratamento de fibromialgia. As pesquisas mostraram que antidepressivos que atuam em serotonina e noradrenalina são os mais efetivos.
·         Analgésicos: podem ajudar no alívio da dor, são geralmente prescritos pelos médicos de forma eventual e não como tratamento contínuo.
·         Relaxante muscular: são utilizados de forma breve e não contínua. São eficazes para combater a dor e a tensão muscular.
·         Medicações para o sono

MEDIDAS E TRATAMENTOS COMPLEMENTARES:

·         Exercícios, Atividade física: em especial os exercícios aeróbicos, são comprovadamente eficazes para reduzir as dores da fibromialgia e melhora a qualidade do sono.
·         Acupuntura: está técnica incorporada da medicina chinesa tem mostrado resultados positivos, tanto na redução dos sintomas como na redução do estresse.
·         Psicoterapia: auxilia no desenvolvimento de habilidades para lidar com a doença e manter uma atitude positiva.
·         Fisioterapia;
·         Terapias Alternativas ( Pilates, quiropraxia ,...).
·         Técnicas de Relaxamento
·         Dieta (redução do açúcar, sal e gorduras, limitar o uso de álcool, aumentar a quantidades de frutas, fibras e vegetais, aumentar a ingestão de líquidos)
Em que pode ajudar o Terapeuta ocupacional?

·         Os terapeutas ocupacionais têm uma formação que lhes permite intervir ao nível da reabilitação física e mental, oferecendo um vasto leque de serviços, nomeadamente:

·         - Avaliar a forma como executa as suas tarefas diárias e analisar se estas estão a contribuir para deteriorá-lo do estado de saúde; EMOCIONAL.

·         - Ensinar técnicas de relaxamento muscular, formas de lidar com situações de stress, técnicas de gestão da dor e organização das suas rotinas mediante o seu nível de funcionalidade;

·         - Se o seu trabalho ou atividades de casa aumentam a dor do pescoço, costas e membros, o Terapeuta poderá fornecer dicas para desempenhar as tarefas reduzindo a tensão muscular;

·         - Programar exercícios terapêuticos com o objetivo de melhorar a função dos membros e reduzir a dor.

É também de salientar todas as técnicas que reduzem a tensão acumulada nos tender points, contribuindo assim para o alívio da dor. Os exercícios de alongamento muscular também são bastante eficazes na melhoria da dor. É essencial que se faça sempre uma adaptação dos exercícios de acordo com a dor referida pela cliente.
RECOMENDAÇÕES:

·         Tomar medicamentos que ajudam a combater os sintomas;
·         Evitar carregar peso;
·         Fugir de situações que aumentam o nível de estresse;
·         Eliminar tudo que possa perturbar o sono;
·         Procurar posições confortáveis quando for permanecer muito tempo sentado.
·         Manter um programa regular de exercícios físicos;
·         Considerar a possibilidade de buscar ajuda psicológica.  


Qualidade de Vida:
A fibromialgia provoca um impacto negativo importante na qualidade de vida dos pacientes. O impacto global envolve aspectos pessoais, familiares e sociais.
O impacto na qualidade de vida correlaciona fortemente com a intensidade da dor, fadiga e decréscimo da capacidade funcional.



 Referência Bibliográfica:

M.D, MARTIN TAMLER - SEGREDOS EM FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA- FIBROMIALGIA.

  ABRAFIBRO- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FIBROMIÁLGICOS. WWW. abrafibro.blogspot.com

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA  WWW.reumatologia.com.br

 DR. DRÁUZIO VARELLA – WWW.drauziovarella.com.br

FELDMAN,Daniel. Doenças inflamatórias musculares. Rio de Janeiro: Medsi,2001

Acadêmicas do Curso de Terapia Ocupacional:
Nicole Reis e Quelen Studzinski da Cruz





  
Fibromialgia