quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DEFICIENCIA NA MEMBRANA HIALINA

Acadêmicas: Paula K. de O. Dias e Deise Bitencourt

DEFICIÊNCIA NA MEMBRANA HIALINA

DMH é uma patologia relacionada à deficiência de surfactante, que leva a um colapso alveolar gerando um quadro de insuficiência respiratória.
Surfactante Alveolar é uma espécie de substância secretado dentro dos alvéolos pela membrana alveolar, é uma mistura de moléculas lipoproteicas, produzidas pelas células secretoras do epitélio alveolar)
A DMH atinge cerca de 50% dos RNs entre 26 e 28 semanas de IG e até 30% dos RNs, entre 30 e 31 semanas;
Por que a produção adequada de surfactante, em quantidade e em qualidade se dá a partir da 33ª semana de IG; portanto, a DMH está relacionada à imaturidade pulmonar.
OCORRÊNCIA DA DOENÇA:
- 26 à 28 semanas = 60%
- 29 à 35 semanas = 30%
- 36 à 37 semanas = 10%
             - 38 à 42 semanas = normalidade

FATORES DE RISCO
- Quanto mais prematuro for, maior a chance de o bebê apresentar a síndrome;
- Cesarianas mau calculadas;
- Mães diabéticas;
- Estresse durante o parto.

QUADRO CLÍNICO
Observa-se no bebê pós-parto os lábios roxos. As costelas aparentes, pigmentação azulada na pele (cianose), batimentos da asa do nariz e um desconforto progressivo nas primeiras 24 horas, devido a grande dificuldade de respiração do feto, acarretada pela síndrome.




SINTOMAS:
- Instabilidade térmica;
- Dificuldade respiratória;
- Respiração rápida e superficial;
- Cianose;
- Ausência temporal de respiração.
Em geral ocorre piora progressiva dos sintomas, com picos em 48 e 72 horas, melhorando após esse período; mas toda a história natural da doença pode ser alterada para melhor, com a terapia de reposição do surfactante e com a ventilação mecânica, ou para pior no caso de associação com complicações como infecções.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
A fisioterapia deve ser realizada para amenizar as complicações da DMH. A fisioterapia visa à drenagem dos brônquios, com o objetivo de desobstruir as vias aéreas e arejar o pulmão, o RN recebe oxigênio dentro da incubadora.
Deve-se evitar a queda de temperatura corporal, como em qualquer prematuro, já que ela aumentaria as necessidades em relação ao oxigênio.


INCLUI:
- MHB (manobras de higiene brônquica)
- MRP (reexpansão pulmonar)
- Técnicas para reduzir o desconforto e melhorar a mecânica respiratória.
Além disso deve-se também manter a temperatura para evitar hipotermia, usar ventiladores mecânicos e administrar corticosteróide à mãe.

COMPLICAÇÕES:
- Risco de hemorragia cerebral;
- Morte se não houver tratamento imediato.

O RN deve ser mantido num ambiente térmico neutro para reduzir o consumo de oxigênio e a produção de C02. A hipotermia agrava o quadro clínico da doença, contribuindo para a vasoconstrição e a acentuação da acidose, levando a maior consumo de surfactante pulmonar.
O reconhecimento e tratamento adequado da hipotensão e do choque é essencial. Ocorrem em RN gravemente afeta do e conduzem a uma vasoconstrição do leito capilar, a uma acidose metabólica e hipoperfusão renal. A hipovolemia resultante pode afetar a perfusão pulmonar e periférica e tornar ineficaz a assistência ventilatória. O uso de substâncias coloidais como albumina, plasma ou sangue podem ser necessárias nas primeiras horas de vida.


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