quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ESQUIZOFRENIA



Acadêmicos: Catianne Silva, Letícia Gabriela Gallina, Paula Carolina Chaves Ramos, Patrícia Rizzana.

·         O que é?
Não se sabe a origem exata, mas tudo indica que é um transtorno do funcionamento cerebral. Contrário ao que se dizia antigamente, a esquizofrenia não tem nenhuma ligação com questões ambientais, ou com a origem pobre do acometido. Os estudos mais aprofundados indicam que a esquizofrenia é passada geneticamente, aparecendo as anomalias já no feto em desenvolvimento, e não após o nascimento.
  ·     Como começa?  Quais os sintomas?  Como se dá o diagnóstico?
           A esquizofrenia se desenvolve gradualmente, muito lentamente, de forma que nem o paciente, nem as pessoas próximas percebem; começam a perceber o distúrbio quando os sintomas tornam-se inevitáveis.
Não existe uma regra fixa para o início da manifestação do transtorno, tanto pode aparecer os sintomas lentamente, quanto eclodir em uma crise instantânea.
Geralmente a esquizofrenia começa a se manifestar durante a adolescência ou quando  adulto jovem, mas isso também não é uma regra.
Os principais sintomas característicos são: dificuldade de concentração, estado de tensão de origem desconhecida, insônia, desinteresse pelas atividades sociais (isolamento), alucinações (visuais e auditivas), além de alterações emocionais e alterações perceptivas.O efeito desta patologia é devastador do aspecto humano no que compreende o pensamento, a emoção e a expressão.
Os sintomas podem se dividir em três categorias: sintomas positivos,sintomas negativos e sintomas cognitivos.
* Sintomas positivos: Alucinações, delírios, perturbações do pensamento, alteração da sensação do eu.
* Negativos: Falta de motivação e apatia, esmaecimento afetivo.
* Sintomas cognitivos, que são problemas com: atenção, certos tipos de memória e funções de execução que nos permite planejar e organizar. Déficits cognitivos também podem ser difíceis de reconhecer como parte da esquizofrenia, porém são os mais incapacitantes para levar uma vida normal.

             O diagnóstico é puramente clínico, já que não existe nenhum tipo de exame  laboratorial, porém alguns exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética, mostram algumas anomalias na formação do cérebro, como a diminuição discreta de algumas áreas. Existe um conjunto de sintomas usados como critério pelos psiquiatras para atestar a patologia. Ainda ao fazer o diagnóstico, o psiquiatra tem o dever de identificar o subtipo clínico do paciente, podendo assim definir o tratamento necessário e mais condizente com o quadro clínico.



Os subtipos clínicos são definidos pelo tipo de conjunto de sintomas, os principais são: 

* Paranoide (predomínio de delírios e alucinações);
* Desorganizada ou Hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização do pensamento);
* Catatônico (alterações da motricidade);
* Simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social);
* Residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva).
            O diagnóstico é extremamente importante não só para definir a medicação e intervenção psicológica, mas também para o reconhecimento correto do transtorno apresentado, sendo que além da esquizofrenia, existem mais transtornos de sintomas similares (Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Esquizoafetivo,Transtorno Delirante , Transtorno Psicótico Breve, e Transtorno Psicótico Compartilhado ou Codependência) , porém não se perpetuam pela vida inteira, e sim por um curto período.
Não existe vislumbre de cura, porém, com o tratamento adequado, pode reduzir significativamente os sintomas e as reincidências de surtos em mais de 50%. Novas drogas parecem estar melhorando este índice. O tratamento prévio da esquizofrenia, durante os primeiros sintomas, pode aumentar os índices de remissão de 50% para 80 a 85 %. 
Antigamente a esquizofrenia era tratada a longo prazo com internação em hospitais mentais. Após o início da utilização de drogas antipsicóticas nos meados dos anos 1950 e 1960 e a pressão política econômica de redução de custos, coincidiram com a esperança de que estas drogas seriam mais eficientes.
O paciente esquizofrênico sofre intensamente com sua condição e sua família também, não há como isto ser evitado. Infelizmente os programas político-sociais de reinserção dos doentes mentais na sociedade simplesmente ignoram o sofrimento e as necessidades da família, que são enormes. Esta é vista como desestruturada, fria, indiferente ou mesmo hostil ao paciente.


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