Conforme a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), essa doença é crônica, progressiva, do sistema nervoso central, caracterizada por lesões desmielinizantes disseminadas no cérebro e na medula espinhal, descoberta em 1860, pelo médico francês Jean Charcot.
Logotipo lançado em 2006, na campanha “Eu faço o Bem, Faça Você Também”, em favor das pessoas que possuem esclerose múltipla no Brasil.
A maioria dos indivíduos com esclerose múltipla é diagnosticada entre as idades de 20 e 40 anos de idade. A esclerose múltipla envolve uma reação auto-imune anormal que pode ser desencadeada pela exposição de um vírus ocorrido durante a infância.
O curso da doença é altamente imprevisível, com tudo, à medida que a doença progride, as remissões podem ser menos completas com o aumento da função neurológica e complicações que afetam múltiplos sistemas do corpo.
Fonte: O'SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4. ed. Barueri: Manole, 2004.
Postado em: 30/09/2011.
Aspectos Clínicos
Os sinais e sintomas da esclerose múltipla variam consideravelmente, dependendo da localização de lesões específicas. Os sintomas iniciais geralmente começam com pequenos distúrbios visuais, parestesias, incontinência, fraqueza e fadigabilidade.
O surgimento dos sintomas podem se desenvolver rapidamente no curso de minutos ou horas, em casos mais graves, o paciente pode se tornar completamente incapacitado.
Alterações Morfológicas
A esclerose múltipla tem esse nome devido às múltiplas áreas do cérebro e da medula espinhal que são afetadas. A doença causa o desenvolvimento de esclerose (Tecido cicatricial) nas áreas danificadas do cérebro e da medula espinhal.
Em casos de esclerose múltipla:
· As células do sistema nervoso central que são responsáveis por produzir e manter a camada de mielina parecem ser atacadas pelo sistema imunitário do corpo causando inflamação e edema (inchaço);
· A mielina dos nervos afetados começa então a degradar-se e pode desaparecer gradualmente, sendo substituída por tecido cicatricial (um processo conhecido como esclerose ou formação de placas);
· O fluxo de impulsos elétricos ao longo das fibras nervosas afetadas fica, por conseguinte interrompido ou até bloqueado.
Tratamento Clínico e não Clínico
O tratamento médico do paciente com esclerose múltipla é dirigido para o processo geral da doença propriamente dito e para o tratamento de sintomas específicos. Atualmente não há tratamento que possa prevenir ou curar a esclerose múltipla.
O tratamento para esclerose múltipla busca o retorno das funções após um ataque, evitar novos ataques e prevenir a incapacitação. Como muitos tratamentos, a medicação tem vários efeitos colaterais e muitas terapias ainda estão sob investigação. A expectativa de vida de um portador de esclerose múltipla é quase a mesma da população não afetada, em muitos casos, é possível levar uma vida normal.
Fonte: O'SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4. ed. Barueri: Manole, 2004.
Esclerose Múltipla na Terapia Ocupacional
Fonte: A Terapia Ocupacional na Esclerose Múltipla: Conhecendo e Convivendo para Intervir.
Autoras: Patrícia Hoffmann, Ana Maria Dyniewicz.
O terapeuta ocupacional tem na análise de atividades seu melhor instrumento, pois é através dela que essa ciência se diferencia das outras ciências em reabilitação. Podemos afirmar que a análise de atividades é o processo de investigar cuidadosamente as atividades para determinar seus componentes. Com isso, o terapeuta que é treinado em análise pode facilmente selecionar a atividade mais apropriada terapeuticamente, entre as quais estão disponíveis e que sejam do interesse do paciente.
Em Terapia Ocupacional há oito passos básicos de uma bem sucedida análise nas atividades, podemos citar entre elas:
· Conhecer as técnicas requeridas para a realização de uma atividade;
· Estabelecer previamente qualidades e significados físicos, psicológicos e sociais de uma atividade;
· Investigar a atividade para determinar seus componentes;
· Adequar as atividades a objetivos terapêuticos;
· Conhecer previamente as atividades adequadas a cada disfunção;
· Analisar as partes que compõem uma atividade;
· Conhecer a natureza da atividade;
· Conhecer o potencial terapêutico da atividade quanto seus aspectos físicos, psíquicos e sociais.
O valor da Terapia Ocupacional reside na obtenção do exercício pala atividade construtiva que permite ao paciente transferir á atividade normal do o movimento, a potência e a coordenação conseguidos. Á medida que o paciente se interessa mais na sua ocupação, usa com maior naturalidade e com menor fadiga a sua região afetada, que utiliza as partes afetadas para realizar um trabalho produtivo e criativo, com o qual seu paciente pode satisfazer suas necessidades.
Como reabilitador o Terapeuta Ocupacional é o facilitador do processo de reestruturação do indivíduo com relação às atividades da vida diária, através de ações do cotidiano, dá condições, treina, supervisiona analisando e adaptando o espaço físico, mobiliário, utensílios e instrumental necessário para serem utilizados.
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