segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Acidente Vascular Encefálico - AVE


Acadêmicas:Adriane de Castilhos e Nathália Macedo
Curso: Enfermagem

Sistema Nervoso

O sistema nervoso representa uma das unidades fundamentais de controle de todo o organismo, é capaz de receber uma quantidade de informações e integra-las para determinar a resposta adequada a ser dada pelo individuo. Este sistema é divido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico, na qual o sistema nervoso central é dividido em encéfalo, tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal e o sistema nervoso periférico é divido em nervos, gânglios e terminações nervosas.
Umas das patologias que danificam esse sistema é o ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO – AVE sendo considerada uma das principais causas de morte no Brasil.


AVE: Acidente Vascular Encefálico

É uma condição de perda súbita das funções cerebrais, resultante de uma interrupção do fluxo sanguíneo cerebral. Existem três tipos de AVE:
·         AVE Isquêmico: é causado pela obstrução de um vaso ou redução do fluxo sanguíneo devido a trombose. Trombo não deixa passar sangue fazendo com que falte oxigênio e nutrientes.

·         AVE Hemorrágico:  é quando ocorre extravasamento de sangue para dentro (intracerebral) ou para fora do cérebro (subaracnóideo).


·         AIT - Ataque Isquêmico Transitório: O ataque isquêmico transitório ocorre antes do derrame, e deve ser levado a sério. O ataque pode ser causado por um baixo suprimento de sangue em uma área do cérebro. Também pode ser causado por um espasmo vascular, ou por uma falta de oxigenação em um local especifico do cérebro.

Fatores de Risco

A idade, a patologia cardíaca, a diabetes mellitus, aterosclerose, heredietariedade, raça, contraceptivos orais, antecedentes de acidentes isquémicos transitórios (AIT) ou de acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémia, sedentarismo, elevada taxa de colesterol e predisposição genética, tabagismo, uso de bebidas alcoolicas e estresse.

Sinais e Sintomas

Distúrbio de memoria, vertigem, cefaleia, síncope, turvação da visão, hemiplegia, hemiparesia, vômitos em jato, crises convulsivas.

Manifestações Clínicas após o AVE

As principais sequelas provenientes de um AVE são os défices neurológicos que se vão reflectir em todo o corpo, uni ou bilateralmente, como consequência da localização e da dimensão da lesão cerebral, podendo apresentar como sinais e sintomas perda do controle voluntário em relação aos movimentos motores, sendo a disfunção motora mais comum, a hemiplegia (devido a uma lesão do lado oposto do cérebro); a hemiparésia ou fraqueza de um lado do corpo é outro sinal.

Função Sensorial

A sensibilidade frequentemente sofre prejuízos, mas raramente está ausente do lado hemiplégico. São comuns as perdas proprioceptivas, exercendo significativo impacto sobre as habilidades motoras. Também são comuns a perca do tacto superficial, dor e temperatura, contribuindo para uma disfunção perceptiva geral e para o risco de autolesões.
As alterações sensoriais mais frequentes, aquando da ocorrência de um AVE, são os défices sensoriais superficiais (tácteis, térmicos e doloros), proprioceptivos (postural e vibratória) e visuais (diminuição da acuidade visual, diplopia).

Função e Comportamento Mental

Alguns dos pacientes que sofrem um AVC são dados como confusos ou não cooperantes, sem espírito de iniciativa, ou mentalmente inadequados. Podem também ficar com a compreensão prejudicada, sofrer de perda de memória recente, perda da percepção corporal, negação de lhe pertencerem os membros afectados.

Função da Linguagem/Comunicação

Este tipo de problema resulta geralmente quando o AVC teve a sua origem numa obstrução da artéria cerebral média localizada no hemisfério esquerdo (Sullivan, 1993).

Função Motora

Os pacientes sofrem desequilíbrio postural, espasticidade, padrão flexor do membro superior e padrão extensor do membro inferior, entre outros.

Alterações do Tonus

Logo após um AVE, o hemicorpo afectado apresenta hipotonia, isto é, o tónus é muito baixo para iniciar qualquer movimento, não apresenta resistência ao movimento passivo e o utente não consegue manter o membro em nenhuma posição, principalmente durante as primeiras semanas. Ocasionalmente a flacidez dura apenas algumas horas ou dias, mas raramente persiste indefinidamente. Estas alterações levam ao desaparecimento da consciencialização e dos padrões de movimento do hemicorpo afectado, bem como a padrões inadequados do lado não afectado. Desta forma, o utente não consegue sentar-se sem apoio, manter-se de pé.
É frequente nestes casos, com o passar do tempo, a substituição de um quadro de hipotonia, por um quadro hipertonia em que há um aumento da resistência ao movimento passivo (característico dos padrões espásticos).
A espasticidade tende a aumentar gradualmente nos primeiros 18 meses com os esforços e actividades desenvolvidas pelo indivíduo (fase espástica), podendo provocar posturas anormais e movimentos estereotipados.
Geralmente estes utentes apresentam hipertonia nos músculos anti-gravíticos do hemicorpo afectado (flexores no membro superior e extensores no membro superior).


Diagnótico

Os meios de diagnosticar um acidente vascular encefalico são: anamnese, exame fisico, tomografia computadorizada, angiografia, ECG e exame do líquido cefalorraquidiano.

Tratamento

Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

Prognóstico

Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão. A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de cinco anos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário