quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CÂNCER DE PROSTATA

           Acadêmicas: Ana Paula Nunes, Camila Muneretto e Tainara Soldateli.





O Câncer de Próstata é uma doença que provoca o crescimento anormal e incontrolado das células da próstata. A próstata é uma glândula que somente os homens possuem, estando localizada abaixo da bexiga, sendo responsável pela produção de parte do sêmen. Se o câncer for descoberto no inicio, existe quase que 100% de probabilidade de cura, porém na maioria das vezes o câncer de próstata cresce silenciosamente.
Fatores genéticos, juntamente com vida sedentária, fatores hormonais e má alimentação estão entre os principais indícios que causam o câncer prostático.



ANATOMIA DA GLÂNDULA PROSTÁTICA

           No interior da barriga existe a bexiga. Diante da bexiga, encontra-se um pequeno órgão chamado de próstata. Um tubo passa do fundo da bexiga diretamente pelo meio da próstata, atravessando-a de cima a baixo. Esse tubo é a uretra.
A urina é constantemente recolhida na bexiga. Frequentemente, os músculos existentes na parte inferior da bexiga relaxam, enquanto que os músculos que a rodeiam se contraem, empurrando a urina para a uretra (tubo) que atravessa a próstata continua até ao pênis e segue para o exterior do corpo. A próstata situa-se em frente e por debaixo da bexiga e envolve a uretra. Por esse motivo é que os problemas prostáticos (ex. Aumento de volume, infecção, inflamação, etc.) podem interferir na capacidade dos homens para urinar e/ou ter relações sexuais.



CÂNCER DE PRÓSTATA: MUDANÇAS ANATÔMICAS
O câncer de próstata (na sua forma mais comum) consiste no crescimento de células glandulares prostáticas malignas na glândula prostática. Estas células multiplicam-se e têm potencial para se alastrarem para além desta glândula.





DIAGNOSTICO
O câncer de próstata pode estar confinado à próstata na forma de um pequeno nódulo. É aconselhado que a partir dos 45 anos, todos homens que tem problemas de câncer de próstata na família, realizem o exame de toque, independente  de haver ou não os sintomas.
        O paciente será submetido à ecografia transversal com biópsia prostática. Os fragmentos obtidos serão levados ao exame anátomo-patologico. Com o diagnostico de câncer exames serão solicitados a fim de que se possa saber se o tumor está somente na próstata ou já atingiu outros órgão adjacentes (bexiga, vesícula e reto). Outros exames serão solicitados, se o médico achar necessário: tomografia computadorizada do abdômen, radiografias de tórax e radiografia de esqueleto.
       Para os pacientes que não possuem histórico famíliar de câncer de próstata é aconselhável que realizem o exame PSA (dosagem do Antígeno Prostático Específico) por meio de uma coleta de sangue. O PSA é uma proteína secretada pela próstata. O aumento da taxa de PSA no sangue, excluídas as causas benignas desse aumento, pode indicar a presença de câncer de próstata. Elevações extremamente expressivas sugerem o comprometimento metastático do tumor.





INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO CANCÊR DE PRÓSTATA
A fisioterapia pode tanto atuar no pós-operatório quanto no pré-operatório, proporcionando melhor condições de recuperação aos pacientes prostatectomizados. No caso do câncer de próstata a fisioterapia entra no tratamento ontológico e também urológico, pois além dos efeitos provocados pelo tratamento do câncer o paciente após a cirurgia na grande maioria dos casos apresenta incontinência urinaria.
Geralmente o tratamento feito no pré-operatório é mais voltado para amenizar as consequências da radioterapia e da quimioterapia, que são duas das mais importantes armas na luta contra o câncer. Os efeitos colaterais do tratamento podem comprometer diversas funções do organismo, por exemplo fraqueza e fadiga muscular, cansaço, dor e alteração de sensibilidade de pés e mãos. A Fisioterapia é capaz de promover o alívio de tais sintomas através de um programa específico de tratamento atendendo as necessidades individuais de cada paciente, nesse tipo de intervenção fisioterapêutica são usados os mais variados recursos para a qualidade do tratamento ser a melhor possível entre eles estão: técnicas de relaxamento, eletroterapia, massoterapia, exercícios motores e alongamentos musculares. Estes procedimentos são todos de cunho paliativos, pois não proporcionam a cura do paciente apenas amenizam os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer, como ajudam os pacientes a sofrer menos com a progressão da doença.
No pós-operatório a fisioterapia vai atuar diretamente na parte musculoesquelética do paciente, de forma a recuperar a força e promover a resistência uretral anterior devido a atual incontinência urinaria decorrente da prostatectomia. Como há um desconhecimento da grande maioria dos pacientes em relação a existência do grupo muscular pélvico, a propriocepção deles é menor , ou seja, muitas vezes não sabem nem como iniciar uma contração muscular isolada nesta área. Então a fisioterapia com a eletroestimulação, eletromiografia (EMG) biofeedback, cinesioterapia ajudam o paciente a conhecer-se e então fortalecer-se. Proporcionando assim a redução da incontinência urinaria nesses pacientes prostectomizados.


Demonstração de alguns recursos citados  acima no tratamento do câncer de próstata:


  • Técnicas de relaxamento – O relaxamento é uma técnica física que auxilia nos estados de estresse, tensão muscular, ou ainda como meio revigorante que atua beneficamente sobre sua saúde física, mental e emocional. Relaxar é reduzir drasticamente a atividade muscular, física e psíquica, através de um ato consciente e auto-dirigido.
  • Eletroterapia – Dentre as intervenções fisioterapêuticas para a dor, a eletroterapia traz rápidos resultados; todavia, o alívio é variável entre os pacientes. No entanto, não é possível tratar a dor oncológica apenas com a utilização de corrente analgésica, mas, de acordo com estudos, pode se diminuir de maneira significativa o uso de analgésicos e seus efeitos colaterais.
  • Massoterapia – Acredita-se que a massagem melhore a circulação, relaxe a musculatura, produza sensação de conforto e afeto aliviando a tensão psíquica. A técnica pode ser utilizada em doentes com dor proporcionando diminuição desta.
  • Exercícios motores – Muito importante ao controle da dor por combater as síndromes de desuso, distrofia e hipotonia muscular, diminuição da amplitude articular, decorrentes de repouso prolongado e limitação da atividade local. A atividade física beneficia a melhoria do humor, qualidade de vida, função intelectual, capacidade de autocuidado, padrão de sono e alivia a ansiedade.
  • Eletromiografia (EMG) Biofeedback – é uma técnica comportamental, na qual são utilizados instrumentos visuais ou auditivos para tomar consciente a função do esfíncter e assoalho pélvico, permitindo que os pacientes treinem as contrações destes músculos.
  • Cinesioterapia – Chamada de terapia pelo movimento. São procedimentos em que se usa o movimento com os músculos, com objetivo de recuperar a função dos mesmos. 


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