quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CÂNCER DE MAMA

       Alunos: Ana Paula Zanardi, Gilberto Júnior, Samuel Marenco.

Câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células do seio. Estas células crescem e substituem o tecido saudável. O câncer normalmente começa com um pequeno nódulo que, com o tempo pode crescer e se espalhar para áreas próximas, como os músculos e pele, assim como nódulo de pus sob o braço.Principalmente o tumor pode se espalhar para órgãos vitais como fígado,cérebro, pulmão e espinha.

ORIGEM
Na maioria dos casos, tem origem nos ductos ou lóbulos mamários, sendo chamado de carcinoma, que, portanto, é dividido em ductal e lobular. Existem outros tipos muito mais raros de câncer de mama - os de origem em células mesenquimais, como os linfomas (origem nos linfócitos) e os sarcomas, que podem ser das células de gordura (lipossarcoma), dos fibroblastos (fibrossarcoma, tumor Phyllodes maligno), dos vasos sangüíneos (angiossarcomas) etc. Cada tipo de câncer tem evolução diferente. O que determina com certeza o diagnóstico e tipo de câncer são os exames anatomo-patológicos - citopatologia e o exame histopatológico da biópsia ou peça cirúrgica.

CAUSA
A causa do câncer de mama não é conhecida. Qualquer mulher pode desenvolver câncer de mama e apesar de muito menos comum, homens também podem. Algumas mulheres são mais propícias a desenvolver câncer do que outras se apresentarem os seguintes fatores :
- Ter mãe ou irmã com câncer de mama (hereditariedade)
- Nunca ter tido filhos
- Ter tido o primeiro filho após os 30 anos
- Fumar
- Terapia hormonal (estrogênio)
- Uso excessivo de álcool
- Ferimento no seio
- Obesidade
     O câncer de mama é uma doença multifatorial, provocada por mutações (mudança de genes) nas células mamárias (formando células atípicas), podendo ser adquirida no decorrer da vida e/ou por transmissão hereditária. O mais freqüente é o chamado esporádico (não-hereditário) responsável por cerca de 90% a 95% dos casos. Assim, ao contrario do que se pensa, o câncer de mama hereditário representa a minoria dos casos.


    O câncer é caracterizado por alterações que determinam um crescimento celular desordenado comprometendo tecidos e órgãos. Se o câncer se inicia em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, ele é chamado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos, como o tecido de sustentação da mama, é chamado sarcoma. As células são constituídas de três partes: membrana celular, a parte mais externa; o citoplasma, que é o corpo da célula; e núcleo, sua parte mais interna, onde estão os cromossomas. Estes são compostos de unidades menores chamadas genes, por sua vez formados pelo ácido desoxirribonucléico, o DNA. É através do DNA que os cromossomas passam todas as informações relativas a organização, forma, atividade e reprodução celular. Podem ocorrer alterações nos genes que passam a receber informações erradas para suas atividades. Essas alterações podem ocorrer em genes especiais, chamados protooncogenes, inativos em células normais, transformando-os em oncogenes, responsáveis pela cancerização de células normais.As células cancerizadas multiplicam-se de maneira descontrolada, acumulam-se Forman do tumor, e invadem o tecido vizinho; adquirem capacidade de se desprender do tumor e migrar,chegando a órgãos distantes, constituindo as metástases; perdem sua função especializada e, a medida que substituem as células normais, comprometem a função do órgão afetado.
O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, é em geral lento, podendo levar vários anos para que uma célula prolifere e dê origem a um tumor palpável. Esse processo é composto de vários estágios, quais sejam: estágio de iniciação, onde os genes sofrem ação de fatores cancerígenos; estágio de promoção, onde os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada; e estágio de progressão, caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula.



• ÁCINO – porção terminal da “árvore” mamária, onde estão as células secretoras que produzem o leite.

LÓBULO MAMÁRIO – conjunto de ácinos.

LOBO MAMÁRIO - unidade de funcionamento formada por um conjunto de lóbulos (15-20) que se liga à papila por meio de um ducto lactífero.

DUCTO LACTÍFERO – sistema de canais (15-20) que conduz o leite até a papila, o qual se exterioriza através do orifício ductal.

PAPILA – protuberância composta de fibras musculares elásticas onde desembocam os ductos lactíferos.

ARÉOLA – estrutura central da mama onde se projeta a papila.

TECIDO ADIPOSO – todo o restante da mama é preenchido por tecido adiposo ou gorduroso, cuja quantidade varia com as características físicas, estado nutricional e idade da mulher.

LIGAMENTOS DE COOPER - responsáveis pela retração cutânea nos casos de câncer de mama, são expansões fibrosas que se projetam na glândula mamária. As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido glandular, oque torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vaise atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós-menopausa.Têm como função principal a produção do leite para a amamentação, mas têm também grande importância psicológica para a mulher, representando papel fundamental na constituição de sua auto-estima e auto-imagem. Embelezam a silhueta do corpo feminino e desempenham também função erógena e de atração sexual.

      Sintomas
     O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
• Inchaço em parte do seio
• Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja.
•  Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro).
•  Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama.
•  Saída de secreção (que não seja leite) pelo mamilo.
•  Caroço nas axilas.

      Tratamento
    O tratamento clássico para o câncer de mama (mastectomia) é a retirada da mama comprometida juntamente com os linfonodos regionais (gânglios linfáticos da axila próxima à mama afetada). Em casos selecionados, os cirurgiões vêm fazendo apenas a retirada do quadrante da mama onde se localiza o tumor, juntamente com o esvaziamento cirúrgico da axila do mesmo lado. Com isto, obtêm-se bons resultados em termos de sobrevida, além de melhor efeito estético, já que o órgão é conservado.
    Tem-se dado muita importância aos resultados estéticos no tratamento do câncer de mama, porque eles possibilitam melhor recuperação física e principalmente psíquica da mulher após o tratamento cirúrgico. Por esta razão, cada vez mais se desenvolvem técnicas de cirurgia plástica que permitem a reconstrução do órgão meses ou anos após a mastectomia, além das técnicas de reconstrução mamária imediata

     Outros Tratamentos
     Existem outros tipos de tratamentos que podem ser associados ou não ao cirúrgico, dependendo de cada caso, tais como a quimioterapia, a radioterapia, a hormonioterapia e a imunoterapia.

Quimioterapia - Este método utiliza quimioterápicos que são compostos químicos que atuam diminuindo a multiplicação celular e, conseqüentemente, a expansão dos tumores. Os quimioterápicos afetam também as células normais, porém acarretam maior dano às células malignas.

Radioterapia - Método capaz de destruir as células tumorais pelo emprego de radiações ionizantes, a radioterapia atua local ou regionalmente, podendo ser indicada de forma exclusiva ou associada a outros métodos terapêuticos.

Hormonioterapia - Consiste na utilização de hormônios que impedem o crescimento das células tumorais.

Imunoterapia - É a utilização de substâncias que modificam a resposta do sistema imunológico do organismo. Estes dois últimos tipos de tratamento têm sido utilizados como possíveis opções em casos selecionados.

       ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
   A atuação do fisioterapeuta deve ser iniciada no pré-operatório, objetivando conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias, e quando necessário, deve ser instituído tratamento fisioterapêutico nesta etapa, visando minimizar e prevenir as possíveis seqüelas. No pós-operatório imediato, objetiva-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema linfático precoce, e alterações na dinâmica respiratória.
      Muitas propostas de reabilitação foram desenvolvidas para minimizar as complicações pós-operatórias, como o volume de secreção drenada, a incidência de seroma, de deiscência da ferida cirúrgica e, a longo prazo, o desenvolvimento de linfedema crônico.A fisioterapia precoce tem como objetivos prevenir complicações, promover adequada recuperação funcional e, conseqüentemente, propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama.

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