quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA


Acadêmicas: Ana Paula Nunes, Camila  Muneretto e Tainara Soldateli.

 Sara (síndrome da angústia respiratória aguda) é uma patologia de insuficiência pulmonar, “diminuição da complacência pulmonar”. Corresponde, a um processo de respostas inflamatórias do endotélio capilar. Não se trata de uma doença que se desenvolve sozinha, mas sim de uma doença que é desencadeada por diversas outras patologias pulmonares. O fisioterapeuta tem papel fundamental no tratamento da Sara, a fisioterapia atua ajudando na monitoração da Ventilação Motora, no posicionamento do paciente e na fisioterapia respiratória.
Ao exame histológico dos pulmões dos pacientes observam-se poucos alvéolos expandidos. Sua superfície está parcialmente revestida por membranas hialinas. O tecido pulmonar entre estes alvéolos é constituído por alvéolos atelectásicos (onde o ar não circula mais dentro do pulmão devido ao trauma), inflamação e edema dos septos entre os alvéolos,
congestão, edema alveolar, necrose do epitélio, aumento do número e neutrófilos nos capilares, diversos coágulos hialinos. Focos de diminuição ventilação/perfusão, hemorragia intra-alveolar, formação de membranas hialinas. Substituição do tecido epitelial e aumento dos pneumócitos do tipo II. Proliferação  Em casos menos graves pode ocorrer restituição da integridade.



Tratamento

Não existe tratamento específico para SARA o que ocorre é o controle do fator desencadeante da síndrome. A causa subjacente da SARA deve ser determinada de modo que o tratamento apropriado possa ser indicado. Os pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda são tratados na unidade de terapia intensiva (UTI). A oxigenoterapia é fundamental para a correção dos baixos níveis de oxigênio. Se o oxigênio administrado com o uso de uma máscara facial não corrigir o problema, um ventilador deverá ser utilizado. Este fornece oxigênio sob pressão através de um tubo inserido na narina, na boca ou na traquéia. Essa pressão ajuda a forçar a passagem do oxigênio ao sangue. Como a insuficiência respiratória compromete as trocas gasosas, é importante ter sempre em mente que o objetivo final do organismo é a respiração tecidual, que de um lado encontra-se a oferta de oxigênio aos tecidos e do outro lado está à capacidade dos tecidos em extrair este oxigênio. O objetivo é tentar restaurar esta função que se encontra comprometida, para isto deve-se lançar mão de algumas condutas.

São elas:
1.Suporte ventilatório: para manutenção da trocas gasosas, transporte de O2, não permitir a falência de órgãos.
2.Suporte ventilatório com PEEP: deve ser instituído. Mantém os alvéolos abertos, consequentemente melhorando as trocas gasosas.
3. O controle hídrico deve ser mantido: o paciente pode estar hipovolêmico devido à migração de líquido para dentro do interstício pulmonar. A monitoria é feita por cateter na artéria pulmonar.
4. utilizar equipamentos em que se tenha segurança e que não aumentem  a pressão intra alveolar do paciente.
5. tentar manter o paciente sedado.
6. Manter PaCO(pressão parcial de Oxigênio) na faixa entre 40 e 80mmHg, elevações na PaCO2 podem ser tolerados pelo organismo desde que não esteja ocorrendo hipoxemia. Tolerar pH até 7.20, níveis acima deverão ser corrigidos com bicarbonato.
7. Uso de medicamentos conforme necessidade,
8. Correção do equilíbrio ácido básico.
9. Uma boa alimentação deve ser indicada.
10. Prevenção de complicações hospitalares.
O tratamento da SARA volta-se para o controle dos sintomas, mas a causa subjacente deve ser tratada ou a Sara não irá ser resolvida.



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