quinta-feira, 24 de novembro de 2011

OSTEOPOROSE



                                                                   Acadêmicas: Deise Chiele e Láisa Boff
          A osteoporose pode ser prevenida com providências que devem ser tomadas desde cedo. Fraturas, costas encurvadas e perda de peso, muitas vezes são consideradas sintomas normais decorrentes do processo de envelhecimento, mas são os principais sintomas dessa doença.



          O QUE É OSTEOPOROSE?






          Osteoporose significa porosidade ou adelgaçamento (redução de quantidade de massa óssea) dos ossos. A perda de ossatura com o envelhecimento é um fenômeno universal, mas se torna uma doença quando a massa óssea diminui a tal ponto que possam ocorrer fraturas. Estas fraturas causadas pela fragilidade óssea são a marca registrada da osteoporose, sendo mais freqüentes no pulso, coluna e quadril.
          Embora mais freqüente em mulheres idosas, a osteoporose pode também afetar os homens e ocorrer em qualquer idade a partir da infância. Aos 80 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens têm a possibilidade de fraturar o quadril e a coluna. No Brasil, há cerca de 100 mil fraturas por ano motivadas pela osteoporose.

          COMO A OSTEOPOROSE SE DESENVOLVE

          O osso é uma estrutura viva, formada por proteínas (colágeno) e minerais (contém cálcio), sendo constantemente destruída e reposta. A osteoporose ocorre, geralmente, como resultado do processo normal de envelhecimento, quando aumentam o grau de destruição e diminui a formação, tornando-os quebradiços.
          Durante a infância e adolescência, os ossos não só crescem como se solidificam. Por volta dos 25 anos, a quantidade de osso no esqueleto atinge seu pico. Em torno dos 40 anos a quantidade de osso no esqueleto diminui nos homens e para as mulheres essa perda continua ao longo da vida. O pico da massa óssea é muito importante para determinar o risco ou não de uma pessoa vir a ter osteoporose na velhice. Com uma massa óssea baixa, até pequenas perdas ósseas podem redundar em fraturas. Por outro lado, uma pessoa com massa óssea alta está protegida contra a osteoporose.
          Ainda não se compreende muito bem quais os fatores que determinam a massa óssea, mas há uma grande influência genética, sendo ainda considerados importantes a ingestão de cálcio e o exercício físico. Além disso, os hormônios sexuais também influenciam o pico da massa óssea.
          O risco de uma pessoa desenvolver osteoporose varia de acordo com a quantidade de osso que ela tem quando jovem e da rapidez com que ela perde osso na velhice.


          QUEM DESENVOLVE A OSTEOPOROSE



          Qualquer pessoa pode desenvolver a osteoporose, mas o risco maior é para mulheres idosas, origem asiática ou européia da raça branca.
          Algumas doenças e tratamentos acarretam um maior risco de osteoporose, incluindo-se menopausa precoce, ausência de menstruação, história pregressa de fratura, tratamentos com esteróide e algumas outras condições como doenças da tireóide e câncer.
          Além disso, o estilo de vida que as pessoas tem alimentação, por exemplo, influenciam na saúde dos ossos. Quedas e saúde debilitada são fatores que aumentam as possibilidades de fraturas em pessoas idosas.

          SINAIS E SINTOMAS



          A dor tem intensidade diferente na osteoporose, algumas pessoas sofrem de intensa dor crônica, outras um desconforto menor.
          Os sintomas da osteoporose aparecem somente no caso de uma fratura. É importante notar-se que a perda óssea em si não causa dor ou outros sintomas; dor nas costas, por exemplo, só é atribuída a uma baixa massa óssea, quando ocorre uma fratura.
          As fraturas que resultam da osteoporose ocasionam dor e invalidez; em alguns casos, os sintomas destas fraturas persistem pelo resto da vida, enquanto que outras tendem a desaparecer ou melhorar. As fraturas do pulso, coluna e quadril são mais freqüentes, embora fraturas de outras partes do esqueleto possam ocorrer como as da pelve e do úmero.
          As fraturas do pulso e quadril exigem de um tratamento hospitalar. No caso das fraturas no quadril é necessária intervenção cirúrgica. Fraturas da coluna se diferem das demais fraturas porque os ossos não sofrem rupturas, mas se caracterizam por uma modificação no formato das vértebras. Na osteoporose, a perda de osso pode resultar no esmagamento, compressão e perda da espessura das partes posterior, central ou anterior das vértebras ou a uma combinação destas. A osteoporose afeta, de modo especial, as vértebras torácicas e lombares, provavelmente por estarem sujeitas a uma carga maior de peso do que as vértebras cervicais.

          DIAGNÓSTICOS

         Como a osteoporose é uma condição previsível, é extremamente importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, avaliando o risco de fraturas.
          Há vários métodos que são utilizados para se medir a massa óssea, o mais usado é o DXA (medida de absorção do raio-X de dupla energia), que mede a massa óssea (densidade óssea) no quadril, coluna e punho ou em todo o esqueleto. Embora os raios X sejam usados na medição, a dose da radiação é muito pequena, sendo muitas vezes menos que o nível de radiação naturais diários. A medição pode ser feita e repetida em crianças e até em grávidas. Esse rastreamento do osso é usado para prever risos de fraturas numa pessoa.
          Outros modos de se medir a massa óssea é por ultra-sonografia e raio-X, normalmente usado para diagnóstico de fraturas, não sendo muito útil para detectar baixas massas ósseas.
Não existe um programa de rastreamento para a osteoporose com mulheres sadias, mas as medições de densidade óssea são feitas em pessoas com fatores de risco, pessoas tratadas com esteróides, com falta de hormônio sexual e história passada de fraturas.


          TRATAMENTO DA DOR INTENSA

         
          Em caso de fraturas graves a dor pode ser intensa, sendo necessária a prescrição de analgésicos e antiinflamatórios para aliviar a dor. Algumas medidas alternativas podem aliviar a dor (bolsa de água quente, bolsa de gelo e acupuntura).
         Outras medidas que auxiliam inclui a fisioterapia, hidroterapia e Enet (equipamento que auxilia/bloqueia a dor).

         
          TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE POR TERAPIA E REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)

          O tratamento de reposição hormonal previne a perda óssea e reduz o risco de fratura em mulheres na pós-menopausa. Essa reposição é feita na forma de dois hormônios estrógeno e progesterona com exceção das mulheres que passaram por uma histerectomia.
          Essa reposição pode ser feita oralmente com adesivo na pele ou com implante subcutâneo. Os efeitos colaterais incluem sangramento vaginal, sensibilidade na mama e retenção de líquido.
          A longo prazo, reduz os riscos do aparecimento de doenças coronarias e também a doença de Alzhaimer. Mas está associada a um maior risco de câncer de mama e trombose venoza. Após 5 a 10 anos de TRH o tratamento pode ser substituído por medicamento não hormonal.

          TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE NÃO ENVOLVENDO O TRH

          Atualmente vários tratamentos não hormonais para a osteoporose estão disponíveis incluindo-se alendronato, vitamina D e calcitonina.
          O alendronato (Fosamax) é ingerido via oral. Podem ocorrer náusea, indigestão e diarréia.
          Os suplementos de vitamina D podem reduzir o risco de fraturas no quadril em idosos. São ingeridos via oral.
          A calcitonina é administrada por injeção três vezes por semana. Se o consumo de cálcio na dieta for baixo, os suplementos de cálcio devem ser administrados.

          TRATAMENTOS DAS FORMAS MAIS RARAS

          A maior parte dos tratamentos disponíveis para osteoporose foram testados em mulheres na pós- menopausa. A osteoporose na pré-menopausa é tratado com hormônios, seja anticoncepcionais orais ou TRH. Em relação aos homens, pouco se conhece sobre o tratamento da osteoporose, embora a reposição com testosterona pode ser eficaz quando a deficiência se apresenta.

          CUIDADOS QUE AUXILIAM NA PREVENÇÃO





          Evitar quedas e acidentes domésticos
          Pratica de exercícios físicos com orientação especializada, pois atividade física de forma errada ou excessiva também pode causar fraturas
          Dieta equilibrada, rica em laticínios, peixe, vegetais verdes, legumes, frutas. Evitar o excesso de café e refrigerantes à base de cola
          Exponha-se ao sol, preferencialmente no inicio da manhã ou final da tarde, por 15 a 30 minutos
          Evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, pois eles aceleram a perda da massa óssea 
          Densitométria Óssea, a partir dos 40 anos, realizar uma vez por ano a densitometria, exame que mede a massa óssea, principalmente se tiver familiares com osteoporose.
          Se necessário usar suplementos hormonal, cálcio e vitamina D


          Diversos recursos disponíveis no lar e no trabalho podem ser de grande ajuda, fazendo com que a terapia ocupacional também ganhe destaque no tratamento da osteoporose. O ensino de técnicas para a execução de tarefas do dia-a-dia é útil para que o doente possa conviver melhor com sua rotina diária.





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