Conceito
A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica e sistêmica. Uma ampla gama de achados articulares e extra-articulares está associada com a artrite reumatóide. A poliartrite crônica, que perpetua a gradual destruição dos tecidos, pode resultar em deformidades severas e incapacidade.
As articulações da coluna cervical são freqüentemente envolvidas, promovendo do potencial subluxação atlanto-occipital e compressão medular. As mudanças extra-articulares são variadas e espalhadas, determinando a natureza sistêmica da doença. O quadro articular pode regredir ou evoluir em surtos para arquilose, originando deformidades fixas. Alguns sistemas como por exemplo. os sistemas cardiovasculares, pulmonares e gastrintestinal podem estar envolvidos. Lesões oculares, infecções, e osteoporose são manifestações extra-articulares potenciais.
Patogênese
Na fase inicial, no exame microscópico, as estruturas articulares apresentam mais proeminentes, que é o de uma sinovite do tipo subagudo, mas não do tipo agudo como a traumática. A membrana sinoval torna-se edemaciada e avermelhada e as vilosidades aumentam em volume. Nessa fase a dor articular, o edema e a rigidez matinal são os sintomas principais, tardiamente, há evidente invasão do pannus no osso subcondral, erosão óssea e distorção da arquitetura articular.
Tratamento
O tratamento mais moderno é um remédio importado dos EUA, biológico produzido através de células vivas, cada paciente recebe em média uma dose por mês, o que significa gastar 60 mil reais por ano, este medicamento faz parte da lista do SUS, só era receitado em casos avançados da doença. A pesquisa constatou que o uso do medicamento deve ser feito o mais rápido possível.
Relato feito em uma pesquisa em dezembro de 2010 pelo médico e pesquisador em reumatologia e imunológia Morton Scheinberg.
Antigamente era tratado com corticóide e antiinflamatório, ou cirurgias, hoje cada vez menos se usa esse tipo de recurso, porque as articulações são preservadas com o tratamento. Existem novos tratamentos que se forem acoplados inicialmente não só a resposta clínica é muito favorável como o contexto de cura é possível ser visualizado para uma situação médica onde habitualmente não se pensa em cura. Esses tratamentos novos são feitos com remédios de alto custo, chamados biológicos, remédios que são terapias alvo, inteligentes, este vai direto no causador do problema sem afetar a resposta imunológica com um todo. São chamados do imunibiológicos, por que eles são produzidos em laboratórios contra certas substâncias especificas que agridem as articulações, os corticóides e os antiinflamatórios não fazem isso, eles fazem isso também, fazendo uma série de outros estragos e benefícios simultaneamente. Através desses novos tratamentos é possível chegar a cura em um tempo muito menor, se forem introduzidos precocemente, se forem introduzidos bem mais lá pra frente, conseguirá alívio melhora de dor, mais não a cura, por que aí já passou a água de baixo da ponte, há certas articulações já foram afetadas. O acesso a estes novos medicamentos, no Brasil comparado com outros cenários mundial, o acesso é razoavelmente bom para o primeiro grupo de medicamentos que foram trazidos a uma década contra uma substância imunológicas mais o TNF, eles estão na lista pública do SUS, entre tanto nem todos os pacientes respondem a este grupo de medicamentos, alguns começam a responder e depois perdem, ai temos que migrar para outro grupo de medicamentos, desse tipo que não estão ainda na lista pública do SUS e existem certos atrasos injustificados, que dificultam o acesso, criando cenários judiciais a acessos de medicamentos.
Quadro Clínico
Deve-se suspeitar de artrite reumatóide e realizar os exames laboratoriais adequados quando o paciente tem histórico familiar ou apresenta sintomas simétricos em múltiplas articulações. Pacientes com artrite reumatóide têm longo histórico de dor, mas perda de movimento é menos comum que na artrose. É importante rever com os pacientes o histórico de outros envolvimentos articulares e tratamento com fármacos, porque muitos pacientes tomam medicamentos citotóxicos e imunossupressores. Os achados do exame físico variam, dependendo o estagio de evolução da doença. Na artrite reumatóide incipiente, os pacientes podem ter a amplitude de movimentos ativos preservada, mas dolorida. Com a evolução da doença, as articulações podem tornar-se rijas e mais doloridas, com perda de amplitude de movimentos ativos e passivos. A aparência geral da cintura escapular sempre será atrofia. Qualquer fraqueza da cintura escapular, especificamente dos músculos do manguito rotador, deve ser documentada. Também é importante documentar a evidencia de rompimento de tendões. As articulações acromioclavicular e esterno clavicular podem ser uma fonte de dor e precisam ser examinadas.
Intervenção da terapia ocupacional no tratamento de doenças reumáticas utilizando a abordagem da proteção articular
Os indivíduos com doenças reumáticas, dentre elas a artrite reumatóide (AR), terão graus variados de comprometimento em sua performance nas atividades de vida diárias(AVDs), trabalho e lazer, resultando em limitações de seu desempenho e baixa de auto-estima.A intervenção da terapia ocupacional em pacientes com AR tem como principais objetivos melhora da performance nas AVDs, prevenção das perdas de função, manutenção da função manual, atuando, diretamente, na manutenção da qualidade de vida dessas pessoas. Dessa maneira, faz parte da abordagem terapêutica ocupacional, alem dos programas de educação do paciente quanto as orientações de proteção articular, treino de habilidades para a performance nas AVDs, manejo da fadiga e técnicas cinesioterapicas, indicação/confecção de orteses. O emprego de orteses tem como metas a sustentação das articulações acometidas em uma posição ideal para a função e a redução da inflamação, proporcionando, assim, repouso articular, sendo o tratamento mais efetivo para diminuição da dor. Em concordância com a Internacional Standards Organization in Redford (1995), a ortese e um equipamento aplicado externamente ao corpo humano para modificar as características funcionais ou estruturais do sistema musculoesquelético.
Tendo como objetivo principal, dentre outros, a aplicação ou diminuição de forcas sobre o corpo, de maneira controlada, visando a proteção do segmento corporal e a possibilidade de cicatrização de estruturas.
Tendo como objetivo principal, dentre outros, a aplicação ou diminuição de forcas sobre o corpo, de maneira controlada, visando a proteção do segmento corporal e a possibilidade de cicatrização de estruturas.
Curiosidades: A Artrite reumatóide atinge cerca de 2 milhões de brasileiros. Do começo da década, para o fim dessa década de 8% de artrite reumatóide passou para 2%.
Referência Bibliográfica:
Thomas R. Johnson, MD; Lynnes S. Steinbach, MD; O Essencial em Imagens Muscoloesqueleticas.
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